Encerrado o cárcere privado que já durava mais de 20 horas, o subcomandante da Brigada Militar (BM), coronel Silanus Mello, relatou à imprensa o cenário que o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) encontrou ao invadir a casa no bairro Vargas em Sapucaia do Sul, na região Metropolitana.
De acordo com o coronel, um sofá estava trancando a porta de entrada da casa. Quando o Gate invadiu, a mulher estava sobre o móvel, desacordada, e o homem estava caído ao lado do sofá. De acordo com o subcomandante, o homem tentou asfixiá-la e se enforcou. “Invadimos somente quando silenciou e não tivemos contato com ele por telefone”, explicou.
O subcomandante da BM lembrou que já houve ocorrências mais longas, mas esclareceu: “enquanto há negociação, nós não invadimos, porque o risco é muito grande, principalmente numa situação passional, em que o objetivo dele era matar a mulher.”
O subcomandante explicou que havia um oficial da área de psicologia ajudando nas negociações: “para nós entendermos os procedimentos que eles estava adotando”. “Sempre nos preocupamos com a integridade física dos dois”, destacou. “Sempre nosso objetivo é salvar as vidas, tanto do seqüestrador como das vítimas”, enfatizou Mello. “Nós trabalhamos com esse intuito, mas infelizmente não conseguimos salvar a vida dele”, ponderou.
O coronel informou que ontem o homem conversou com um defensor público, que explicou qual era a situação dele e como ele responderia pelo crime que estava cometendo. O homem, que estava em liberdade condicional, disse que não queria voltar para a prisão.
A vítima foi resgatada com vida pelo Gate e o primeiro atendimento foi feito pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) por meio de massagem cardíaca. Em seguida, ela foi encaminhada ao Hospital Municipal Getúlio Vargas em estado grave.
O homem teria se enforcado com uma corda que foi pendurada no teto. No local, a polícia encontrou facas usadas para intimidar a mulher, mas não foram localizadas arma, álcool ou drogas.
Fonte: Correio do Povo