O corpo do taxista Luiz André da Rocha, 53 anos, que estava desaparecido desde o dia 12 deste mês, foi localizado no Rio Jacuí, em Charqueadas. Ele foi morto em Venâncio Aires e seu cadáver foi encontrado distante 70 quilômetros de onde teria sido o assassinato, em uma ponte do arroio Castelhano, que desemboca no Taquari, que por sua vez dá no Jacuí. A principal linha de investigação da polícia aponta que o homem teria sido morto por R$ 150 por um adolescente de 17 anos e um jovem de 18 anos, Leonardo Pereira Sieben.
Ambos estão detidos desde o dia 19 deste mês pelo assassinato de Rocha e outro colega de profissão, o taxista Paulo Roberto Lagemann, 55 anos, morto no dia 18 com golpes de faca. Apesar do assassinato de Rocha ter sido o primeiro, segundo a confissão do adolescente, o corpo só foi localizado nesta segunda-feira.
— Os Bombeiros fizeram diversas buscas pela área, sabíamos que era só uma questão de tempo para o corpo aparecer, até esperávamos que aparecesse antes, mas condições climáticas e cheias no rio tardaram o aparecimento — disse o delegado responsável pelos casos, Paulo Cesar Schirrmann.
A família reconheceu a vítima pela aliança e pelas roupas, já que o corpo estava na água há 14 dias e, por isso, estava deformado. Segundo o delegado Schirrmann, a cabeça apresentava lesões, possivelmente de pedradas que podem ter causado a morte. O Departamento Médico Legal já fez a perícia, mas os resultados com a real causa da morte devem sair dentro de 30 dias.
— O adolescente confessou os crimes, mas disse que os golpes fatais teriam sido deferidos pelo seu comparsa, maior de idade. Já o jovem nega as acusações. Como sabemos que os dois eram usuários de drogas, acreditamos que viram nos assassinatos uma forma fácil de obter dinheiro para sustentar o vício. De cada taxista, tiraram uma média de R$ 150 — avalia o delegado.
Ambos suspeitos tinham passagem pela polícia por furtos. O corpo de Rocha é velado nesta terça-feira em Venâncio Aires.