Nesta quinta-feira, a Polícia Civil pediu urgência ao Instituto Geral de Perícias (IGP) para obter os resultados de perícia do caso do casal assassinado de Cristal. Mesmo com o pedido, não há data definida para entrega. As provas pendentes são confirmação da identidade do casal por meio de exame da arcada dentária e análise das impressões digitais da cena do crime.
A delegada Karoline Calegari ainda informa que informalmente o IGP afirmou que não seria possível definir a causa de morte das vítimas por causa do estado de carbonização dos corpos. O casal possivelmente foi morto em sua casa, que ficava nos fundos de uma serralheria da família. No lugar, apesar do sangue exposto, não foram encontradas armas, "mas como era uma serralheria, havia vários instrumentos que poderiam ter sido utilizados", explica a delegada. Nesta quinta-feira, mais pessoas estão sendo ouvidas.
— Até agora sabemos que as vítimas eram pessoas idóneas, sem inimizades — comentou.
Apesar disso, a motivação mais provável do crime é desavença pessoal. A Polícia Civil já tem um suspeito, mas prefere não divulgar a identificação para não comprometer a investigação. É possível que mais de uma pessoa tenha cometido os assassinatos.
— Estamos juntando testemunhos e provas para comprovar a culpa de um ou de mais suspeitos — disse a delegada.
Renato Ehlert e sua mulher, Jaqueline Beier Ehlert, ambos com 33 anos, foram encontrados com os corpos carbonizados na madrugada de segunda-feira dentro do automóvel próprio, no 5º Distrito de Canguçu, no sul do Estado. O veículo estava em uma estrada secundária, próxima a um CTG. Eles eram moradores de Cristal, no Sul do Estado. Estavam casados há 11 anos e planejavam ter filhos. De acordo com familiares, na noite de domingo o casal foi a um culto de uma igreja evangélica e depois à uma pizzaria. É provável que o criminoso tenha aguardado a chegada do casal em casa e adentrado com a abertura do portão elétrico. Lá, foram mortos, postos no carro deles, um no banco de trás e outro no porta-malas e levados até Canguçu, onde o veículo foi queimado.
Fonte: Diário Gaúcho