Uma adolescente de 14 anos matou a prima de oito, em Japurá, na região noroeste do Paraná, com um tiro, na noite de terça-feira, 12. Segundo a Polícia Civil, a arma era do namorado da adolescente. Com 21 anos, ele já tem passagem por tráfico de drogas e até as 12h30 desta quarta-feira, 13, não havia sido localizado.
De acordo com a polícia, o rapaz pediu para a adolescente guardar a arma na casa da prima enquanto ele foi para casa tomar banho. Nesse intervalo, a jovem apertou o gatilho por três vezes - o terceiro atingiu a criança que morreu ao chegar no hospital. A adolescente foi apreendida e encaminhada para a Delegacia da Polícia Civil de Cianorte.
Segundo o delegado de Cianorte, Nilson Rodrigues da Silva, a adolescente disse que o revólver foi deixado sobre o sofá da casa dos primos dela. “Ela estava brincando com a vítima e com mais uma prima de 10 anos e depois que o namorado deixou o revólver, ela começou a manuseá-lo. Na terceira vez que engatilhou acabou atingindo a menina mais nova”, detalha o delegado.
“A adolescente estava morando em Japurá há um mês para cuidar de uma irmã que tinha se acidentado e desde então estava se relacionando com esse rapaz”, explica o investigador André Malaman. Ainda segundo Malaman, a mãe da adolescente, que mora em Terra Boa, também no noroeste do Paraná, não tinha conhecimento do relacionamento. “A adolescente disse que está bem arrependida”, diz o investigador.
A promotora da Infância e da Juventude de Cianorte, Elaine Lopo, afirma que vai pedir pelo internamento da adolescente, pois acredita que ela sabia o que estava fazendo. “Um adolescente de 14 anos já tem consciência das suas ações, e no caso dela ela sabia que aquilo era uma arma e que não poderia manuseá-la”, explica a promotora. “De forma preliminar, ela vai responder por homicídio com dolo eventual, ou seja, ela não queria causar o problema, mas assumiu o risco pelo comportamento adotado”, acrescenta Elaine Lopo.
A adolescente permanecerá apreendida em uma cela especial a disposição da Justiça. “A juíza tem cinco dias para julgar o caso, que é o tempo que a adolescente pode ficar na delegacia. Na audiência, a juíza vai dizer se a adolescente será encaminhada para o internamento ou se será liberada”, completa a promotora.
Os pais da menina de oito anos que morreu serão ouvidos pela polícia nos próximos dias, conforme a Polícia Civil.
Fonte: Trespassosnews.com.br