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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Transportador suspeito de adicionar água oxigenada ao leite é preso por porte ilegal de arma

O transportador investigado na terceira fase da Operação Leite Compen$ado, Airton Jacó Reidel, 31 anos, foi preso no final da manhã desta quinta-feira em Três de Maio, no Noroeste do Estado. A detenção foi em razão da polícia ter encontrado um revólver calibre 32 dentro de uma bota, enquanto cumpria mandado de busca e apreensão na residência de Reidel – que não tem porte para arma de fogo.

Conforme o Ministério Público Estadual (MPE), a arma foi encontrada no quarto da casa, dentro de uma sapateira. Detido na Delegacia de Três de Maio, Reidel preferiu se manifestar somente em juízo.

Segundo o advogado Juarez Antônio da Silva, o cliente desconhece o revólver registrado em nome de outra pessoa e suspeita que algum ex-funcionário ou desafeto tenha colocado a arma no local encontrado para comprometê-lo. Quanto às investigações do MPE, que apontam a adulteração de leite com água oxigenada, o advogado afirma que os investigados negam qualquer participação em fraude.

– Iremos aguardar o resultado das análises, pois desconhecemos o teor da investigação. Mas eles negam qualquer adulteração do produto.

Os três caminhões de Reidel que transportavam leite foram apreendidos e estão sendo deslocados para a Delegacia de Polícia de Três de Maio.

Investigação sobre novo esquema

Iniciada no começo de setembro, a investigação sobre um novo esquema de adulteração do leite começou quando a LBR e a Laticínios Malmann informaram ao MPE e ao Ministério da Agricultura ter detectado a presença de água oxigenada em cargas de leite entregues pelos caminhões da transportadora de Reidel.

A LBR, donas das marcas Bom Gosto e Parmalat, foi uma das indústrias a ter lotes retirados do mercado na primeira fase da operação, em maio deste ano. Desde então, outras duas empresas, Italac e BRFoods, firmaram Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para aumentar o rigor nas análises e apertar o cerco contra a ação de atravessadores fraudulentos.

Apesar de ter detectado a adulteração, a BRF não deixou de receber o leite aprovado em análises entregue pelos três caminhões da transportadora, conforme o MPE. Já a Laticínios Malmann deixou de receber o produto do atravessador suspeito. 

Operação Leite Compen$ado

Deflagrada em maio, a operação resultou em processos criminais de 19 pessoas: dez em Ibirubá, quatro em Ronda Alta, duas em Guaporé, uma em Horizontina e outra em Três de Maio. Até agora, das 14 pessoas detidas dez continuam presas, incluindo o vereador de Horizontina Larri Lauri Jappe (PDT).

Até agora, as operações estavam focadas na ação de atravessadores que adicionavam água e ureia com formol ao leite. Na terceira etapa, deflagrada nesta quinta-feira, foi descoberta a fraude feita com água oxigenada.
Fonte: Diário Gaúcho
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