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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Homem é condenado a 17 anos de prisão pela morte de jovem por engano

Acusado de ser o mandante da morte do estudante Sandro Joel Bastian, 18 anos, Marcelo Silva Machado, 31 anos, foi condenado na noite de quinta-feira a uma pena de 17 anos de prisão pela 1ª Vara do Júri de Porto Alegre.
Sandro morreu alvejado com oito tiros ao ser confundido com um desafeto do réu, em 11 de fevereiro de 2012, em frente a casa noturna Planet Music Hall, na zona sul da Capital. Marcelo nunca admitiu participação na morte e o autor dos disparos até hoje não foi identificado.
A vítima e o acusado estavam dentro da danceteria até por volta das 4h20min daquela madrugada, quando irrompeu uma briga e Marcelo foi retirado para a rua por seguranças. No lado de fora, ele teria sido agredido com um soco por um jovem de camiseta branca e cabelos encaracolados, com fisionomia parecida com a vítima.
Marcelo retornou à danceteria e, ao cruzar com Sandro, desferiu um soco no jovem que ficou sem entender o que se passava. Morador de Feliz, no Vale do Caí, era a primeira vez de Sandro em uma casa noturna na Capital. 
Minutos depois, Sandro, acompanhado de uma garota, deixaram o local e ficaram conversar com amigos do outro lado da rua. Foi quando surgiram dois homens em uma moto. O condutor apontou para Sandro, e o caroneiro sacou de uma arma e atirou oito vezes contra o jovem, sem qualquer chance de esboçar reação.
Identificado por meio de câmeras de vigilância por uma jaqueta de couro que usava, Marcelo foi preso em março do ano passado. Em interrogatório na Polícia Civil e durante a instrução do processo, ele se negou a falar.
Durante o julgamento, Marcelo garantiu não ter participação no crime e disse que alguém estava usando suas roupas. A versão não convenceu o promotor Eugênio Amorim e nem os jurados. O julgamento foi acompanhado por familiares da vítima.
— Pelo que ele fez, achei pouco a pena de 17 anos. Destruiu uma família. Nada vai apagar a dor e a tristeza que sentimos — desabafou Jeila Bastian, irmã de Sandro.

Um passeio sem volta

Era a terceira vez que Sandro Joel Bastian, 18 anos, visitava a Capital naquele fevereiro de 2012. Morador de Feliz, município de 12 mil habitantes do Vale do Caí, estivera em Porto Alegre apenas para um concurso público do Dmae, e para o vestibular da UFRGS. 
Desta vez, compraria roupas novas, pois na segunda- feira, começaria a trabalhar em uma indústria de plástico de sua região. Sandro trabalha desde os 12 anos. Para estudar, pedalava 10 quilômetros por dia afim de economizar dinheiro da passagem até a olaria onde trabalhava, em Vale Real. 
Adorava números e sonhava ser engenheiro. Na véspera da morte, depois das compras, foi se divertir na danceteria com amigos e uma garota que conhecera pela internet.

Câmeras de segurança registraram movimentação após o crime:

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