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quarta-feira, 6 de março de 2013

Produtor culpa banda por não ter ocorrido show da Nazareth em Pelotas

O show que virou caso de polícia em Pelotas, no Sul, ganha mais um capítulo. Depois de fãs registrarem ocorrência pelo cancelamento sem aviso prévio da apresentação da banda escocesa Nazareth, o produtor do show Antonio Cezar Kuengeski Barbosa se dirigiu à polícia na sexta-feira e deu uma nova versão ao caso.
De acordo com o empresário, pouco antes do show iniciar, houve rompimento de contrato por parte da banda, que fez exigências que ele não tinha como cumprir:
— Tivemos um impasse comercial. A banda ou quem a representava me fizeram um pedido e aos outros envolvidos que era insolúvel. Eu fiquei com a certeza de a banda não iria tocar sob hipótese alguma, aí tivemos que partir para o cancelamento do show — afirma Barbosa.
O produtor da Linx Empreendimentos, de Itajaí (SC), afirma que, se a banda tivesse ido ao Theatro Guarany, teria acontecido o show, que a estrutura, incluindo camarim, estava pronta para receber os músicos. Ele garante ainda que não fugiu:
— Naquele momento, eu não tinha mais estrutura psicológica e física para aguentar aquele enfrentamento. No momento foi uma fraquejada, uma estupidez que eu só fui me dá conta muitos quilômetros depois.
Representante da banda Nazareth no Brasil, Andréia Cosme nega qualquer mudança no contrato. Ela manteve a mesma posição dada no dia em que o show ocorreria - em 26 de janeiro — de que Barbosa não apareceu no horário combinado para fazer o acerto que estava contratado:
— Ele também não pagou a van, que faria o transporte da banda até o show, e nem as taxas do teatro, que por isso não poderia abrir as portas. Ele impossibilitou que a apresentação ocorresse.

Polícia investiga caso como estelionato

O titular da 1ª Delegacia da Polícia Civil de Pelotas, Sandro Bandeira, ainda investiga o caso como estelionato. No entanto, esclarece que, se o produtor devolver o dinheiro dos 500 fãs que haviam comprado o ingresso, total superior a R$ 23 mil, não haverá crime.
— Se ele ressarcir todos os consumidores será apenas uma questão contratual, que tem que ser resolvida entre o produtor e a banda ou, em último caso, na justiça — afirma Bandeira.
Antonio Cezar Kuengeski Barbosa afirma que o dinheiro que ele havia pego nas bilheterias já havia sido todo aplicado para quitar compromisso do show, como hotel e parte das taxas do teatro, mas está providenciando o dinheiro e vai devolver integralmente os fãs. 
Fonte: Zero Hora

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Polícia instaura inquérito para apurar caso de produtor que teria fugido com dinheiro de ingressos de show em Pelotas

A Polícia Civil instaurou um inquérito nesta quarta-feira, em Pelotas, para apurar uma possível fuga do produtor do show da banda escocesa Nazareth. Antonio Cezar Kuengeski Barbosa, dono da Linx Empreendimentos, produtora de Itajaí (SC), teria retirado aos poucos mais de R$ 24 mil da loja conveniada para venda de ingressos, durante a semana e na tarde de terça-feira, antes do show. A proprietária do Theatro Guarany, onde seria o espetáculo, Suzana Zambrano, estranhou que estava perto do horário do evento e o produtor não aparecia:
— Nada estava pago: iluminação, som, taxas, funcionários, bandas... Começamos a ligar para ele e o celular estava sempre desligado. Tivemos que cancelar o evento.
O empresário da banda Star Beetles, que faria o show inicial, André Trierveiler, conta que por volta das 18h ficou sabendo do suposto sumiço do produtor:
— Eu contatei um amigo e disse para ele ficar de olho no trevo de São Lourenço, caso passasse um celta vermelho com placas de Itajaí. Ele me disse que passou um exatamente assim a mais de 180 km/ h. No fim, tivemos um prejuízo de R$ 5 mil — avalia.
A representante da banda Nazareth no Brasil, Andréia Cosme, lembra que já havia feito shows com o produtor em fevereiro do ano passado e ele havia até pago adiantado. A banda vinha fazendo uma turnê pelo Rio Grande do Sul, "mas sempre com ajuda de produtores locais" e não havia tido problemas. No domingo passado, tocaram em Rio Grande:
— Ele nos pagou R$ 15 mil em dinheiro e deu R$ 50 mil em cheque, que ainda não sabemos se tem fundo. Com Pelotas, deixamos de ganhar outros R$ 50 mil — calcula Andréia.
O dono da loja onde foram vendidos cerca de 300 ingressos João Antônio Couitinho Júnior, também sentiu o prejuízo:
— É muito ruim para o nome da loja ter esse tipo de problema vinculado. Além disso, também senti na pele. Fora os R$ 500 da divulgação do produto, gastei para comprar meu ticket e do meu filho de nove anos. Ia ser o seu primeiro show. É muita decepção.
O Theatro Guarany calcula que o público estimado rodava entre 450 a 500 pessoas, pois também houve pré-venda pela internet e na bilheteria de onde seria o show.
O delegado Sandro Bandeira, da 1ª Delegacia de Polícia de Pelotas, afirma que trabalha com a hipótese de estelionato. Mas aconselha para os prejudicados que busquem entrar em contato com a produtora para ressarcimento e caso as vias administrativas não funcionem, indica como possibilidade entrar na Justiça.
— Vamos agir na esfera criminal, tomar depoimentos de vítimas e tentar encontrá-lo para também tomar seu depoimento. Como é de Santa Catarina, vamos pedir auxílio da Polícia Civil de lá — planeja o delegado que também agrega que a pena para estelionato é de um a cinco anos de reclusão.
A banda Nazareth saiu de Pelotas na manhã desta quarta-feira em direção à Blumenau (SC), onde deve se apresentar. A representante dos músicos assegura que o show está garantido, já que não é o mesmo produtor que organiza.
A reportagem tentou contato com o produtor, mas não obteve retorno. 
Fonte: Pioneiro
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