O pai de um menino que encontrou veneno que teria matado Leonardo Azambuja da Silva, de oito anos, consumido durante trajeto para escola em Barão do Triunfo, afirma que seu próprio filho de nove anos teria consumido a substância sem saber da toxicidade.
Segundo depoimento prestado nesta segunda-feira, o homem disse para polícia que encontrou frascos do suposto veneno em uma sacola, em cima de um formigueiro, próximo a uma igreja do interior do município, distante cerca de 500 metros de sua casa e da escola de seu filho e da vítima, a Escola Princesa Dona Leopoldina, na localidade de Cerro dos Abreus.
O homem alegou que não sabia da toxicidade do produto:
— Ele disse que jamais imaginou que pudesse ser veneno. Então teria deixado em cima da mesa de casa e seu filho teria pegado os frascos e levado para a van escolar e para escola, onde ele e outras crianças consumiram pensando que era chocolate — explica o delegado responsável pelo caso, Pedro Urdangarin.
O filho de nove anos do homem passa bem. Ele é uma das nove crianças que fizeram exames após a morte de um dos colegas, Leonardo Azambuja da Silva, oito anos, no dia 20 de agosto, cuja principal suspeita é envenenamento.
O homem, que não teve o nome divulgado, ao saber da morte de Leonardo, teria se desesperado e tomado dois frascos com aguardente. Ele foi internado no Hospital de Pronto Socorro e liberado na sexta-feira.
A Polícia Civil ainda aguarda o resultado do Departamento Médico Legal para confirmar se a substância era mesmo veneno. Caso seja confirmado, o homem deve responder por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). O delegado Urdangarin ainda pediu que a família revisasse a casa para ver se ainda há outros frascos para enviar para perícia.
Fonte: Zerohora.clicrbs.com.br/rs/
