As investigações em torno da morte de Ana Paula Sulzbacher, 15 anos, ganharam reforço. Por determinação do Departamento de Polícia do Interior (DPI) um novo delegado deve se juntar à equipe que trabalha no caso em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo.
Ana Paula foi morta na noite da última sexta-feira. O corpo da adolescente foi encontrado no Parque da Cruz no final da tarde de segunda-feira. Desde então, a polícia tenta refazer os passos da vítima, e tem recolhido depoimentos de pessoas que afirmam ter visto ou falado com Ana Paula no dia do crime.
Até agora, são muitas as linhas de investigação. De acordo com o diretor do DPI, delegado Mário Wagner, em algumas delas já existem potenciais suspeitos de cometer o crime.
— Estou acompanhando pessoalmente as investigações conduzidas pela delegacia de Santa Cruz. Por enquanto existem várias linhas analisadas para o que possa ter acontecido — relata o diretor.
Ainda que até agora os avanços divulgados sejam lentos, Wagner acredita que com os resultados dos exames realizados pela perícia seja possível diminuir as possibilidades investigadas, chegando a um número menor de suspeitos.
— Em qualquer crime, quanto mais o tempo passa, mais difícil se torna a coleta de provas. Ainda assim acredito em que em poucos dias teremos avanços significativos — afirma o delegado.
ENTENDA O CASO
— Ana Paula Sulzbacher, 15 anos, saiu de casa às 20h45min da última sexta-feira dizendo que iria na casa de uma amiga, que não estava em casa.
— Pelo celular, a adolescente estava combinando de ir na casa de um amigo, que fica no mesmo bairro onde ela morava, mas também não apareceu.
— O sumiço foi comprovado na manhã de sábado, quando o caso foi registrado na polícia.
— Na segunda-feira, às 17h10min, um morador encontrou o corpo no Parque da Cruz, com a ajuda de cães.
— A necropsia indicou que há lesões na região genital, mas não houve estupro. O exame ainda indicou que a menina morreu devido à perda de sangue, causada por múltiplas fraturas, possivelmente decorrente da queda de 40 metros do penhasco.
Fonte: Diário Gaúcho