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terça-feira, 23 de abril de 2013

Ministério Público analisa pedido de liberdade de vocalista da banda Gurizada Fandangueira

O Ministério Público analisa, entre esta terça e quarta-feira, o pedido de liberdade do vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos. O músico está preso preventivamente desde o dia 28 de janeiro, na Penitenciária Estadual de Santa Maria.
Marcelo é acusado de homicídio com dolo eventual qualificado por asfixia, incêndio e motivo torpe, por ter sido quem utilizou o artefato pirotécnico no show da banda na boate Kiss, em 27 de janeiro, quando ocorreu um incêndio na casa noturna. Essa foi a maior tragédia do Estado e contabilizou 241 mortos.
O advogado do músico, Omar Obregon, foi o primeiro entre os defensores dos oito réus a entregar a defesa à Justiça, no dia 15. O prazo oficial determinado pela Justiça começou a contar na última sexta-feira e deve se encerrar no dia 29.
Na tarde desta segunda-feira, o juiz Ulysses Louzada encaminhou o pedido de revogação da prisão de Santos para vistas do MP.
Segundo o promotor Joel Dutra, não há prazo estabelecido para resposta, mas, como se trata de réu preso, ele e o promotor Maurício Trevisan devem se manifestar entre 24 horas e 48 horas.
— No nosso entendimento, ainda persistem os motivos pelos quais foi decretada a prisão preventiva, portanto, eles devem permanecer presos — disse Dutra.
À época da decretação da prisão preventiva, em 1º de março, a Justiça entendeu que os sócios da boate, Elissandro Spohr, o Kiko, e Mauro Hoffmann, e os integrantes da banda, Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, deveriam permanecer presos para garantia da ordem pública e para que não interferissem no andamento das investigações.
Depois da análise do MP, o pedido volta ao juiz que decide pela revogação ou manutenção da prisão, que é por tempo indeterminado, ou seja, existe a possibilidade de eles permanecerem presos até o julgamento.
Ainda conforme o promotor, as outras 12 requisições feitas por Obregon na defesa de Santos e o pedido para que sejam ouvidas 16 testemunhas devem ser avaliadas junto com as manifestações das defesas dos outros réus, depois da apresentação de todos os advogados.
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