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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Champignon tinha registro de armas apreendidas em apartamento

A Polícia Civil recolheu duas armas e um simulacro no apartamento do músico Champignon, no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, nesta segunda-feira (9). Segundo o SPTV, o baixista da banda Charlie Brown Jr. possuía o registro de uma pistola .380 e de uma espingarda calibre 12, recolhidas na casa.

No final desta manhã, a delegada Milena Suegama, do 89º Distrito Policial, disse que Cláudia Campos, esposa do músico Champignon, contou que teve uma discussão no restaurante com o marido. O tema da discussão não foi revelado, segundo a delegada.

O ex-integrante da banda Charlie Brown Jr. Luiz Carlos Leão Duarte Junior, conhecido como Champignon, foi encontrado morto com um tiro na cabeça nesta madrugada em seu apartamento na região do Morumbi, logo após o casal ter voltado para casa.

Segundo a delegada, ela teve uma breve conversa com Cláudia ainda na madrugada, mas que ela não teve condições de falar muito. Entretanto, Cláudia descreveu Champignon como uma pessoa calma, mas disse que teve uma discussão com o marido no restaurante e não contou o motivo.

A conversa da delegada e Cláudia ocorreu antes dela passar por atendimento no Hospital Metropolitano. Grávida de 5 meses, ela passou por exames entre 2h32 e 6h50. “Eu tive uma conversa muito breve com a mulher antes dela entrar para a ultrassom. Ela não está em condições de falar, mas disse que eles tiveram uma discussão no restaurante. Ela o descreveu como uma pessoa calma”, afirmou a delegada.

Ao SPTV, o delegado-geral, Maurício Blazeck, contou que informações preliminares dão conta que Champignon passava por dificuldades financeiras e esse teria sido o motivo da discussão no restaurante.

O baixista tinha 35 anos e estava em seu segundo casamento. A Polícia Civil investiga se ele cometeu suicídio. Na noite de domingo (8), o casal tinha participado de um jantar com amigos. Eles voltaram para o prédio de carona e subiram para o apartamento caminhando sem conversar, segundo relato de pessoas que viram as imagens das câmeras de segurança.

Pouco depois de o casal chegar ao imóvel, vizinhos disseram ter ouvido barulho de tiro por volta de 0h30. A delegada Milena Suegama diz que foram feitos dois disparos. O primeiro, no chão, para checar o funcionamento da pistola 380 e, depois, deu um tiro na cabeça. “A esposa foi muito clara: ela disse que ele não faz uso de drogas nem de medicamentos controlados. (...) As críticas artísticas estavam o deixando incomodado. Ele demonstrava frustração”, disse.

Policiais militares e uma equipe do Samu foram ao local e já encontraram Champignon morto. O corpo do baixista foi retirado do apartamento por funcionários do Instituto Médico-Legal (IML) pouco antes das 5h. O caso será registrado como suicídio no 89º Distrito Policial, em São Paulo.

Vizinho do casal, o corretor de imóveis Alexandre Benaion, de 40 anos, mora no mesmo andar e foi o primeiro a chegar para prestar socorro. "Eu ouvi um tiro, fui ver o que era e o rapaz já estava caído, cheio de sangue", disse. O corretor disse ter ficado surpreso com o suposto suicídio, porque o músico aparentava ser uma pessoa tranquila.

Segundo Benaion, a esposa de Champignon, que se chama Cláudia Campos, está gravida de 5 meses. Após o corpo ter sido achado, Cláudia foi levada para um hospital, em choque. "Ela estava abalada, gritando, não falou nada, só gritava", disse.

Cláudia passou por atendimento no Hospital Metropolitano entre 2h32 e 6h50. O centro médico informou que não vai divulgar detalhes, mas que a alta sinaliza que ela não teve complicações.

O casal morava no apartamento, localizado no 10º andar, há cerca de um ano e seis meses. O imóvel do casal tem três quartos. O corpo foi achado no cômodo onde eram guardados equipamentos musicais e funcionava com um estúdio.

O síndico do prédio, Gino Castro, entregou para a polícia as imagens que mostram o músico e a mulher chegando ao prédio, pouco depois da meia-noite deste domingo. Segundo ele, o comportamento de Champignon era “normal, como de qualquer outro morador”. "Super tranquilos. Nunca tive nenhuma reclamação. Muito solidário com a molecada do condomínio", disse Castro.

Tiro no rosto

O sargento da Polícia Militar Ronaldo Moreira disse ter encontrado sinal de que apenas um tiro foi disparado. "Nós entramos (no apartamento) tinha uns vizinhos lá dentro, mostraram para a gente o quarto e verificamos o Champignon no chão. Muito sangue. Uma arma na mão dele e achamos uma cápsula da arma e um projétil", disse.

"Ela (mulher de Champignon) falou que eles tinham acabado de chegar do restaurante. Ele se fechou no quarto, ela escutou o estampido, o barulho do tiro, e depois foi pedir ajuda para o vizinho", contou o policial.

Segundo o sargento, a arma do crime é uma pistola calibre 380. O delegado seccional Armando de Oliveira Costa Filho disse ao G1 que é "praticamente inafastável a tese de suicídio" do músico. O delegado disse que o caso vai continuar na delegacia da região, descartando inicialmente o envio do inquérito para setor especializado em assassinatos, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Na época da morte do vocalista do Charlie Brown Jr., coube ao DHPP as apurações, que apontaram que a morte de Chorão foi causada por overdose. No caso de Champignon, as evidências coletadas pela investigação apontam que o próprio músico teria segurado usado uma pistola 380 para atirar contra a cabeça.

Trajetória

Champignon tinha 35 anos e nasceu em Santos, litoral paulista. O músico lançou vários discos com a banda Charlie Brown Jr, que deixou em 2005, após brigas com o vocalista Alexandre Magno Abrão, o Chorão.

Nessa época, participou de outros projetos, como o grupo Nove Mil Anjos, que tinha Junior Lima (irmão de Sandy) na bateria.

Em 2011, Champignon retornou ao Charlie Brown Jr. fazendo com que a banda voltasse a contar com a presença dos quatro integrantes da formação original de 1992: Marcão, Champignon, Chorão e Thiago Castanho, além do baterista Bruno Graveto, que passou a integrar o grupo em 2008.

Após a morte de Chorão, em 6 de março deste ano, os membros do Charlie Brown lançaram a banda A Banca, que tinha Champignon como vocalista.

A próxima apresentação do grupo seria no dia 21 de setembro em Recife, Pernambuco, com a turnê “Chorão Eterno”, show que homenageava além de Chorão, toda a trajetória da banda Charlie Brown Jr.

Duas perdas no mesmo ano

Em 2013, Champignon perdeu dois companheiros de banda entre março e maio: o parceiro Chorão e o guitarrista Peu Sousa, ex-colega de Nove Mil Anjos, encontrado morto em maio em sua casa, no bairro de Itapuã, em Salvador.

Chorão morreu por overdose de cocaína, enquanto a morte de Peu foi provocada por suicídio, segundo informou na época a Polícia Civil da Bahia.

Ao G1, Champignon falou sobre as mortes no dia 6 de maio. "Os dois perderam a fé. Quando perdem a fé, perdem a vontade de viver. Foi mais um dia muito triste", disse o baixista.

"Eu acho que as pessoas, em algum momento da vida, perdem a fé. Independentemente se morrem por droga, ou enforcadas. Se perdem a vida sem culpa de ninguém, acredito que em algum momento perderam a fé", acrescentou.
Fonte: G1.globo.com/

sexta-feira, 8 de março de 2013

Garçons dizem que Chorão bebia sozinho e dava gorjetas de R$ 100

Alguém que estava geralmente sozinho, inclusive para beber, que era simpático com quem o atendia, dava autógrafos e gorjetas generosas. É assim que funcionários de estabelecimentos comerciais frequentados por Chorão em São Paulo descrevem o vocalista do Charlie Brown Jr, encontrado morto na madrugada desta quarta-feira (6).
Nos dias 23 e 25 de fevereiro, na semana anterior à de sua morte, Chorão foi ao restaurante Sujinho, na Região Central de São Paulo. Sem companhia, deu gorjeta “acima de R$ 100”, segundo o maître Cícero Alves de Sousa, 50. Há um mês, ao lado de seu apartamento em Pinheiros, Zona Oeste da cidade, deixou R$ 72 com funcionária do supermercado Mambo, onde costumava comprar salgadinhos, cerveja e bolachas. A postura era parecida nos locais frequentados por Chorão e visitados pelo G1 (veja mapa ao lado).
Na primeira das duas visitas recentes ao Sujinho, quem o atendeu foi Marcelo Reis, 30. “Ele chegou a conversar com o rapaz que trabalha na copa. Falou sobre um novo projeto de disco ou coisa assim”, lembra o garçom. Ele diz ter servido os pratos que o cliente assíduo – sobretudo nas madrugadas - costumava pedir: “Costela de carneiro mal passada e meio frango na brasa”. Dois dias adiante, por volta das 4h da manhã, o músico teria feito exatamente o mesmo pedido.
O cantor também frequentava o bar acompanhado de outras pessoas, principalmente após gravações e shows. Mas nas duas últimas noites, em fevereiro, ficou o tempo todo sem companhia, contam os funcionários.
“Eu me dava bem com ele”, conta o maître do Sujinho. Ele afirma que começou a trabalhar ali 12 anos atrás e que Chorão já era frequentador. Cícero afirma que, enquanto aguardava seus habituais pedidos no restaurante, Chorão pedia caipirinha de vodca. “Depois, era cerveja.”
Ainda lamenta ter estado ausente justo naquelas que seriam as últimas visitas do músico ao restaurante. “Na época, ao saber que ele tinha vindo, até falei: ‘Poxa, perdi a caixinha do Chorão!’.”
Em 26 de fevereiro, um dia após jantar pela última vez no restaurante Sujinho, Chorão esteve na marquise do Ibirapuera para andar de skate. O skatista profissional e designer Humberto “Beto” Oliveira de Souza conta que estava no local com alguns amigos gravando um vídeo quando Chorão se aproximou. “Ele estava com o skate, conversou com a gente por uns 50 minutos”. Desta vez, segundo Humberto, ele não foi sozinho. “Estava com uma mina”, diz.

Vizinho simpático
 
“Eu o via sempre sozinho”, afirmou ao G1 Francisco Guimarães, 36, subgerente do Bar do Juarez, ao lado do prédio onde o cantor tinha apartamento em Pinheiros. Em duas das paredes do local, há autógrafos e dedicatórias do cantor. “Ele era simples, humilde e falava com todo mundo”, completa Francisco Guimarães, o subgerente do Juarez.
Outro funcionário do bar, que não quis se identificar, conta que o cantor também escreveu outras dedicatórias que não ficaram expostas no bar. “Era muito palavrão escrito”, justifica. O funcionário diz que músico bebia bastante, consumindo até dez chopes quando ia ao Juarez.
Roberto Sousa Pinheiro, 24, diz trabalhar há um mês como recepcionista do Bar Juarez, quase vizinho do prédio onde Chorão foi encontrado morto. Nesse período, o funcionário afirma ter recebido o cantor ao menos em duas ocasiões. “Veio aqui numa sexta e num domingo”, observa Pinheiro. “Estava com uma moça, uma loira.”
O restaurante de comida oriental Kioku, na mesma quadra do apartamento de Pinheiros, era outro lugar frequentado por Chorão, diz o atendente Antônio Silva, 42. “Nunca cheguei a vê-lo acompanhado de amigos”, relata ele, que diz trabalhar há sete anos no local. “Quando estava com alguém, sempre era o motorista”, prossegue, referindo-se a uma das duas pessoas que encontraram o corpo do músico. Ele diz que as gorjetas do cantor chegavam a R$ 100.
De acordo com Silva, o fundador do Charlie Brown Jr se dava bem com os funcionários e tinha um pedido preparado especialmente para ele, que não estava no cardápio, um “hot roll especial enrolado com salmão”. A última vez em que Chorão foi ao restaurante teria sido em novembro do ano passado.
No supermercado Mambo, um entregador afirma ter visto Chorão há pouco mais de um mês e diz que ele costumava comprar salgadinho, bolacha e cerveja. Os funcionários dizem que sua última gorjeta foi de R$ 72. De acordo com o entregador, o cantor chegou a fazer uma compra no valor total de R$ 400 – a maior parte em cerveja.

‘Reservado’
 
Gerente do bar Quitandinha, Alex Oliveira, 31, afirma que Chorão esteve por lá faz cerca de 20 dias. Estava desacompanhado, informa: “Era muito reservado”. O Quitandinha fica a cinco quarteirões do prédio onde Chorão tinha apartamento. “Ele vinha mais na madrugada. Se alguém que não conhecia chegasse [para conversar], ele dava a atenção, mas falava só o necessário.” O gerente conta também que, durante aquela última visita, Chorão comentou que tinha se mudado em definitivo para o apartamento de Pinheiros: “Ele falou que estava morando aqui”.
O dono do Bar do Biu, na Vila Madalena, próxima ao apartamento do cantor, Rogério Gomes, 29, conta que Chorão visitava bastante o bar no início da carreira, “quando ele estava começando a ficar famoso”. Gomes lembra encontro em que Chorão lhe contou sobre uma então recente gravação. “Ele me comentou ‘escuta essa aqui, vai bombar!’. E cantou um pedaço. A música fez sucesso mesmo”. Era “Rubão – O dono do mundo”, de 2000.
 
Cantor reclamava de solidão
 
A falta de companhia citada pelos funcionários ouvidos pelo G1 condiz com relatos de pessoas próximas a Chorão. A apresentadora Sônia Abrão, prima do cantor, disse na quarta que o vocalista do Charlie Brown Jr reclamava da solidão.
“Na última conversa que tivemos ele disse: ‘O que me derruba é que a gente nasceu sozinho e morre sozinho’. E ele morreu sozinho”, afirmou Sônia mais cedo. “Faz um tempo que ele estava num processo de depressão muito profunda mesmo. Com o fim do casamento, as coisas pioraram muito para ele.” Chorão se divorciou em novembro. O casamento durou 15 anos.
O delegado Luiz Romani, do 14º Distrito Policial, afirma que a investigação apurou que Chorão estava fazendo uso de drogas recentemente. Antes, o G1 havia apurado que testemunhas relataram aos investigadores da Polícia Civil que Chorão estava passando por uma crise de depressão e fazendo uso de drogas após a separação.
Em entrevista ao site do programa Caldeirão do Huck, em dezembro de 2012, Chorão comentou sobre a separação. "Foram muitos anos de relacionamento. Eu gosto muito dela, mas não tem jeito, chegou ao fim", confessou na época.
A assessoria de imprensa da banda informou ao G1 que Chorão estava de férias e embarcaria para os Estados Unidos nos próximos dias. O último show do Charlie Brown Jr aconteceu em 26 de janeiro, em Balneário Camboriú (SC). O próximo estava agendado para 22 de março, no bairro Campo Grande, no Rio.
Fonte: G1 - Música

quinta-feira, 7 de março de 2013

'Mistura pode ter sido fatal', afirma 'Motoboy do YouTube' sobre Chorão

Kleber Atalla, motorista do vocalista Chorão, da banda Charlie Brown Jr, afirmou nesta quarta-feira (6) que o músico, encontrado morto em um apartamento de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, pode ter sido vítima da combinação de remédios para dormir e álcool.
Atalla ficou conhecido como o "Motoboy do YouTube" após publicar na internet vídeos no quais aparece dirigindo uma motocicleta. Atualmente, responde inquérito pela morte de um homem atropelado no Centro, enquanto dirigia um carro, e também é investigado por apologia a crimes por causa de seus vídeos.
O motorista, que trabalhava com Chorão havia 10 anos, e um segurança do músico foram os primeiros a encontrar o corpo do cantor na madrugada desta quarta-feira. Após localizar o corpo, os dois avisaram o porteiro e a polícia sobre a morte. Atalla não quis fazer qualquer afirmação sobre o uso de outras drogas quando questionado sobre o pó branco encontrado pela polícia no apartamento.
"Foi encontrada uma substância que ninguém pode afirmar o que era. Junto com essa substância vai ser analisado o que for encontrado no corpo dele. O que posso dizer é que ele usava remédios controlados para dormir e costumava beber. Essa mistura infelizmente pode ter sido fatal para ele: remédio para dormir e álcool significou isso aí. Agora, outra droga realmente eu não te afirmo nada, não posso te falar nada."
Atalla contou que o patrão tomava medicamentos contra insônia e pode ter tido um ataque cardíaco. "Ele era um artista, mas era um cara mortal, comum. Tinha problemas como todo mundo. Tomava remédios para dormir porque sofria de insônia e infelizmente isso deve ter complicado a saúde dele. Ele deve ter tido algum ataque cardíaco porque não acredito que tenha sido outra coisa", disse.
O motorista explicou a dificuldade de acesso ao apartamento e o motivo de Chorão manter-se afastado por longos períodos. Ele disse que Chorão não usava aparelho celular e o imóvel, blindado, não tinha telefone fixo.
A única forma de chamar o músico, de acordo com ele, era pelo interfone, já que nem o motorista nem os demais funcionários tinham as chaves do apartamento. De acordo com ele, Chorão costumava dormir por longos períodos e não gostava de ser incomodado.
"Geralmente quando ocorria isso (dormir por longas horas) ele vinha, falava que estava tudo bem e pedia para a gente ir embora, deixá-lo dormir mais um pouco, não pertubar. Dessa vez, isso não aconteceu", afirmou.
O motorista disse que de maneira nenhuma se sente responsável pela morte de Chorão, por quem procurava desde terça-feira. "Eu trabalho para ele e ele tinha um compromisso comigo hoje à tarde e eu tinha um compromisso com ele desde ontem, mas como é costumeiro ele dormir demais pelos medicamentos e o apartamento tinha portas blindadas, então dificulta o acesso, dificulta o som também", afirmou.
"Eu passei a procurá-lo por volta do meio-dia de terça-feira. Foi feito o primeiro contato pelo interfone. Liguei para o porteiro e pedi para ele dar uma interfonada para ver se ele acordava para eu me dirigir até lá para pegá-lo. Eu tinha meus afazeres e deixei ele dormir porque na hora que ele acorda, ele entra em contato", disse.
Como Chorão não ligou, o motorista foi diretamente ao apartamento, à noite. Ele ligou para outro funcionário, Victor, que mora em Santos. "Por volta das 20h, me dirigi ao apartamento e tentei contato via campainha. Ele não usa telefone e o apartamento não tem telefone fixo. Era costume ele dormir e não acordar com o barulho nenhum. Infelizmente, como não tinha a chave, não pude adentrar ao apartamento. Liguei para o Victor e disse que estava preocupado", contou.
Mais tarde, o segurança lembrou ter uma chave do apartamento. "Pensamos em esperar até o dia seguinte para chamar o chaveiro. Nesse intermédio, ele (Victor) lembrou que tinha a chave e me ligou. Era por volta de umas 23h, meia-noite. Tinha um acidente na serra (entre Santos e São Paulo) e ele só chegou por volta das 4h, passou na minha casa, me pegou e nos dirigimos ao apartamento. Chegamos ao apartamento por volta das 4h30", afirmou.
Atalla disse que ficou em choque ao encontrar o músico no apartamento. "Entramos chamando 'Alê, Alê, Alê' e ele não respondia. Fui entrando no apartamento. Na hora em que eu cheguei na cozinha, me deparei com ele lá, deitado no chão. Não sei te precisar há quanto tempo tinha ocorrido. Foi um choque total, porque ele é meu amigo, meu patrão, meu irmão, meu filho, meu pai. Ele era muito para mim", afirmou.
O motorista relatou o que passou por sua cabeça ao encontrar o corpo do músico. "Pensei que perdi um amigo. Vai ser um amigo a menos que eu tenho. Isso não podia ter acontecido. Perdi algumas pessoas já, mas não uma pessoa tão próxima. Eu e o Victor, a gente tomava conta dele, zelava pela segurança, saúde e bem-estar dele. Infelizmente ocorreu essa tragédia", afirmou.

Músico

O cantor e letrista, que faria 43 anos em 9 de abril, liderava a banda fundada por ele na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, em 1992. Em 15 anos de carreira, o Charlie Brown Jr lançou nove álbuns de estúdio, dois discos ao vivo, duas coletâneas e seis DVDs. Ao todo, o grupo vendeu 5 milhões de cópias.
Além de vocalista, Chorão era responsável pelas letras do Charlie Brown Jr e pelo direcionamento artístico e executivo da banda. Em 2005, o trabalho "Tâmo aí na atividade” foi premiado com o Grammy Latino de melhor álbum de rock brasileiro, o que se repetiu em 2010 com "Camisa 10 joga bola até na chuva".
No ano passado, o Charlie Brown Jr. lançou "Música Popular Caiçara", álbum ao vivo que marcou o retorno dos integrantes Marcão e Champignon à banda. Eles haviam deixado o grupo em 2005. As apresentações aconteceram em Curitiba e Santos. A produção do trabalho foi feita por Liminha e os shows contam com a participação de Falcão (O Rappa), Zeca Baleiro e Marcelo Nova. Das 15 faixas do CD, a única gravada em estúdio é "Céu azul".
Chorão foi o único integrante do Charlie Brown Jr que permaneceu no grupo em todas as suas fases. Paulistano, Chorão adotou a cidade de Santos desde a juventude, onde criou a banda. Seu apelido foi dado ainda na adolescência, quando ele não sabia andar de skate e ficava apenas olhando os amigos. Um deles, então, pediu que o jovem não chorasse. Segundo a GloboNews, a infância e a adolescência de Chorão foram difíceis por conta da separação dos pais, que aconteceu quando ele tinha 11 anos. O músico largou a escola na sétima na série.
Fonte: G1 - Música

quarta-feira, 6 de março de 2013

Polícia suspeita que Chorão foi vítima de overdose de drogas

A Polícia Civil suspeita que o cantor Chorão, do Charlie Brown Jr, tenha sido vítima de overdose de drogas. Segundo o delegado Luiz Romani, do 14º Distrito Policial, no apartamento do artista, em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, foi encontrado um pó branco, que será periciado – ele suspeita que seja cocaína. “Por enquanto, o principal suspeito é a droga”, disse Romani, que atendeu a ocorrência nesta manhã, sobre a causa da morte do artista. O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Em foto obtida pelo G1, é possível observar um pó branco ao lado de latas de refrigerante e bebidas alcóolicas. A existência desse pó branco é relatada no boletim de ocorrência registrado no 14º DP.
Chorão foi encontrado desacordado na madrugada desta quarta-feira (6) por seu segurança e motorista. Eles acionaram o Samu, que constatou que o cantor já estava morto. Em seguida, a Polícia Militar foi chamada. Segundo Romani, Chorão foi encontrado de bruços, na cozinha do apartamento duplex de 250 metros quadrados. O imóvel tem cinco suítes e porta blindada.
Segundo o delegado, a investigação apurou que chorão estaria fazendo uso de drogas recentemente. O G1 apurou que testemunhas relataram aos investigadores da Polícia Civil que Chorão estava passando por uma crise de depressão e fazendo uso de drogas após se separar da ex-mulher, há cerca de seis meses. Nesta manhã, a apresentadora Sônia Abrão, prima do cantor, contou que Chorão estava em depressão e reclamava de solidão.
Imagens obtidas pelo G1 mostram o estado que estava o apartamento de Chorão. Nas fotos é possível ver que o imóvel estava bastante danificado, além de uma grande quantidade de embalagens de bebidas alcóolicas encontradas. Ao deixar o apartamento de Chorão, o delegado Itagiba Vieira, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que o imóvel estava muito danificado, num "processo de deterioração".
tagiba acredita que os danos tenham sido feitos pelo próprio cantor, já que o corpo foi encontrado com um dedo machucado e havia marcas de sangue no local. “Não tem nada que estivesse no lugar. Ele estava machucado no dedo, arrancou parte de uma unha, o que pode explicar as marcas de sangue na parede”, disse o delegado.
No apartamento foram encontrados cerveja, energético, vinho, champanhe, calmantes e analgésicos espalhados pela casa. Peritos apuram se Chorão tenha tido um surto por conta da combinação de medicamentos, droga e bebida alcóolica.
Chorão tinha escoriações nos pés, mãos e na cabeça. A polícia acredita que o cantor tenha dado socos, pontapés e cabeçadas em móveis e na parede do apartamento, onde havia marcas de sangue. A polícia também apura se o artista tenha tido um ataque cardíaco.
A reportagem do G1 apurou que não havia sinais de luta corporal, o que afasta a possibilidade de homicídio. Ainda assim, a Polícia Civil vai requisitar imagens das câmeras de segurança do prédio para saber quando Chorão entrou no edifício e se recebeu alguém em seu apartamento.
O delegado Itagiba Vieira, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse nesta quarta-feira (6), que não acredita que o vocalista tenha sido vítima de um homicídio. "Aparentemente não foi homicídio. O IML é que vai dar a causa da morte. Aparentemente ou foi por uso de medicamento ou outra substância", disse o delegado.
A apresentadora Sônia Abrão, prima do cantor, disse que ele reclamava da solidão. Sônia era prima de chorão por parte de pai. Eles se encontraram pela última vez há cerca de sete meses, no velório do pai da apresentadora. Chorão, que segundo ela passava por uma depressão profunda, reclamou da solidão.
“Na última conversa que tivemos ele disse: ‘o que me derruba é que a gente nasceu sozinho e morre sozinho’. E ele morreu sozinho”, disse Sônia. “Faz um tempo que ele estava num processo de depressão muito profunda mesmo. Com o fim do casamento, as coisas pioraram muito para ele”. Chorão terminou o seu segundo casamento, que durou 15 anos, há cerca de seis meses, segundo informações da TV Globo.
Chorão, de 42 anos, foi encontrado morto por seu motorista e segurança nesta madrugada, em seu apartamento em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo. Chorão, que morava em Santos, usava o apartamento esporadicamente, geralmente após shows.
O corpo de Chorão deixou o prédio por volta das 8h30 em um carro da Perícia Técnico Científica. As causas da morte serão determinadas pela perícia. Latas de bebidas alcóolicas foram recolhidas no apartamento do cantor. Perguntado se foram encontrados vestígios de drogas no apartamento, Itagiba disse que não iria comentar o assunto por enquanto. O corpo passará por exames toxicológicos.
A assessoria de imprensa da banda informou ao G1 que Chorão estava de férias e embarcaria para os Estados Unidos nos próximos dias. Ainda segundo a assessoria, o estado de saúde dele era bom.
O cantor e letrista, que faria 43 anos em 9 de abril, liderava a banda fundada por ele na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, em 1992. Em 15 anos de carreira, o Charlie Brown Jr lançou nove álbuns de estúdio, dois discos ao vivo, duas coletâneas e seis DVDs. Ao todo, o grupo vendeu 5 milhões de cópias.
Além de vocalista, Chorão era responsável pelas letras do Charlie Brown Jr e pelo direcionamento artístico e executivo da banda. Em 2005, o trabalho "Tâmo aí na atividade” foi premiado com o Grammy Latino de melhor álbum de rock brasileiro, o que se repetiu em 2010 com "Camisa 10 joga bola até na chuva".
No ano passado, o Charlie Brown Jr. lançou "Música Popular Caiçara", álbum ao vivo que marcou o retorno dos integrantes Marcão e Champignon à banda. Eles haviam deixado o grupo em 2005. As apresentações aconteceram em Curitiba e Santos. A produção do trabalho foi feita por Liminha e os shows contam com a participação de Falcão (O Rappa), Zeca Baleiro e Marcelo Nova. Das 15 faixas do CD, a única gravada em estúdio é "Céu azul".
Chorão foi o único integrante do Charlie Brown Jr que permaneceu no grupo em todas as suas fases. Paulistano, Chorão adotou a cidade de Santos desde a juventude, onde criou a banda. Seu apelido foi dado ainda na adolescência, quando ele não sabia andar de skate e ficava apenas olhando os amigos. Um deles, então, pediu que o jovem não chorasse. Segundo a GloboNews, a infância e a adolescência de Chorão foram difíceis por conta da separação dos pais, que aconteceu quando ele tinha 11 anos. O músico largou a escola na sétima na série.
Fonte: G1 - Globo

Velório de Chorão será aberto ao público em ginásio de Santos

O velório do corpo de Chorão, vocalista da banda Charlie Brown Jr., encontrado morto na madrugada desta quarta-feira em seu apartamento será realizado no ginásio Arena Santos, em Santos. Conforme a prefeitura do município do litoral paulista, o ato fúnebre será aberto ao público, mas ainda não teve o horário divulgado.
Desde o início da manhã, o assunto se tornou o mais comentado no Twitter, onde milhares de fãs e artistas lamentaram o fato. O corpo de Alexandre Magno Abrão, de 42 anos, foi descoberto pelo seu motorista dentro do apartamento onde Chorão morava, no bairro Pinheiros, zona oeste de São Paulo.
Integrantes da banda tentavam contato com o cantor desde o meio-dia de terça-feira, sem obter resposta. Segundo o delegado responsável pelo caso, vizinhos chegaram a ouvir barulho de algo sendo quebrado na casa de Chorão na manhã de terça. A polícia encontrou o apartamento revirado e com remédios espalhados pelo chão.
Conforme a investigação, aparentemente, o caso não será tratado como homicídio. O músico passava por um momento depressivo após a separação da mulher.
Fonte: Zero Hora

Apartamento de Chorão estava revirado e com sangue, afirma delegado

Segundo o delegado, Itagiba Franco, do DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), o apartamento de Chorão estava revirado e sangue foi encontrado nas paredes. Itagiba acredita que os danos tenham sido feitos pelo próprio cantor, já que o corpo foi encontrado com um dedo machucado. “Não tem nada que estivesse no lugar. Ele estava machucado no dedo, arrancou parte de uma unha, o que pode explicar as marcas de sangue na parede”, disse o delegado. Além disso, foram encontradas muitas garrafas de bebidas alcoólicas. Segundo os vizinhos, um forte barulho foi escutado por eles, por volta da 1h da manhã, vindo do apartamento de Chorão.
Como o inquérito acabou de ser aberto, o delegado preferiu não entrar em detalhes sobre o possível uso de substâncias, mas contou que Chorão parecia estar em depressão, por isso estava tomando remédios. O líder do CBJ parecia estar passando por problemas com a família e com a mulher.
Fonte: Clic RBS - Estúdio Atlântida

Vocalista da banda Charlie Brown Jr. é encontrado morto em São Paulo

O vocalista Chorão, da banda paulista Charlie Brown Jr., foi encontrado morto em casa na madrugada desta quarta-feira em Pinheiros, zona oeste de São Paulo. O motorista teria descoberto o corpo desfalecido no apartamento do cantor e acionado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Porém, as causas da morte não foram divulgadas.
Alexandre Magno Abrão, 42 anos, era o líder da banda de rock que surgiu na década de 1990 e conquistou milhares de fãs com músicas influenciadas pelo skate e críticas à sociedade contemporânea. Ganhou destaque entre os jovens brasileiros. O próximo show da banda estava marcado para o dia 22 de março, em Campo Grande, no Rio de Janeiro.
A banda se estabeleceu em Santos, no litoral paulista, apesar de Chorão ser natural da Capital. Conforme o site da Charlie Brown Jr., o cantor e letrista dava o "direcionamento artístico e executivo" ao grupo. Faturou o Grammy Latino em 2004 com o trabalho "Tâmo Aí na Atividade" e depois como melhor álbum de rock em 2009 com "Camisa 10 Joga Bola Até na Chuva".
Em 2012, a Charlie Brown Jr. lançou CD e DVD com o título Música Popular Caiçara, gravados ao vivo em Santos e Curitiba. O álbum reúne um repertório de 10 discos da banda em cerca de 15 anos e marca o retorno do baixista Champignon — com quem Chorão discutiu no meio de um show — e do guitarrista Marcão.
Chorão ainda foi roteirista do filme "O Magnata", lançado em 2007. Presença recorrente no Planeta Atlântida, a banda não participou da edição 2013 do evento no Rio Grande do Sul, que acabou adiado devido à tragédia em Santa Maria.
Fonte: Zero Hora
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