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sexta-feira, 15 de março de 2013

Resultado da perícia pode ser divulgado em coletiva de imprensa

O chefe da Polícia Civil, Ranolfo Vieira Júnior, chega a Santa Maria até o final da manhã desta sexta-feira. Ele vem para acompanhar a finalização do inquérito policial sobre o caso da boate Kiss. Também chegam hoje os peritos do Instituto Geral de Perícia para trazerem o laudo das perícias feitas na boate após a tragédia.
O laudo deve trazer informações sobre a espuma de revestimento acústico, a estrutura arquitetônica do local, os extintores, entre outros aspectos.
À tarde, ainda sem horário definido, deverá ocorrer uma coletiva de imprensa com os peritos e delegados de Santa Maria, sobre o fim do inquérito policial.
Fonte: Diário Gaúcho

A Polícia Civil vai ouvir frequentadores da boate Kiss em mutirão da saúde neste sábado

A Polícia Civil vai montar uma força-tarefa para ouvir mais vítimas do incêndio na boate Kiss. Neste final de semana, policiais irão até o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), onde ocorrerá um mutirão da saúde.
O hospital disponibilizou duas salas dentro do prédio para que a polícia preste o serviço. A ideia é ouvir o máximo possível de pessoas que estavam na festa na madrugada do dia 27 de janeiro para chegar ao número mais próximo de frequentadores.

Depoimento de Kiko é esperado

Elissandro Spohr, o Kiko, um dos donos da boate Kiss, deve prestar novo depoimento no sábado. Na última terça-feira, o advogado dele, Jader Marques, procurou a Polícia Civil para ter acesso aos depoimentos prestados por outras testemunhas no inquérito policial. Esta seria a condição que ele estaria negociando para que seu cliente preste novo depoimento à polícia.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Quarta-feira de depoimentos à polícia sobre o alvará da Kiss

Nesta quarta-feira, a investigação da liberação de alvará na Boate Kiss segue com depoimentos de integrantes da prefeitura de Santa Maria, que atuam na área de fiscalização. O delegado da Polícia Civil Gabriel Zanella está ouvindo, desde às 9h30min, Marcus Vinícius Biermann, chefe da Equipe de Fiscalização Mobiliária e Imobiliária da Secretaria de Finanças, que assinou o primeiro alvará de localização da Kiss.
Deve ser ouvido, ainda nesta quarta-feira, Sérgio Renato de Medeiros, ex-secretário de Controle e Mobilidade Urbana na época em que a boate foi notificada e multada em R$ 15 mil por funcionar sem alvará de localização.
Na quinta-feira, o tenente-coronel Moisés Fuchs, comandante do 4º Comando Regional de Bombeiros, encerra a fase de depoimentos de testemunhas-chave na investigação. A polícia pode reinquirir pessoas que já prestaram esclarecimentos ou chamar alguém que ainda não foi ouvido, caso surja um fato novo. Além disso, os clientes que estavam na boate naquela madrugada continuarão sendo ouvidos
Sócio Elissandro Spohr, o Kiko, sócio da Kiss também deve ser ouvido ainda nesta quarta, na Penitenciária Estadual de Santa Maria. O advogado do sócio, em declarações à imprensa, vem questionando a investigação além de descordar da superlotação da boate na madrugada do dia 27 de janeiro. 

terça-feira, 12 de março de 2013

Advogado questiona superlotação da boate e investigação da polícia no caso da Kiss

O advogado Jader Marques, que representa Elissandro Spohr, o Kiko, esteve hoje pela manhã na 1ª Delegacia de Polícia de Santa Maria e solicitou acesso de todo o inquérito policial em andamento. Ele questionou o cálculo feito pela Polícia para divulgar que a casa noturna estava com cerca de 1 mil pessoas na noite da tragédia. Segundo ele, ainda faltam ouvir 100 vítimas que poderiam estar no local naquele dia, e ainda muitos dados teriam sido repassados por fontes não confiáveis.
- Todas as provas e indícios serão confrontados na justiça. Também acho estranha a contagem pela internet, local muito pouco confiável. É um indicio de irregularidade no "brilhante" trabalho da Polícia. - disse Jader à imprensa.
A Polícia recebeu na semana passada uma lista com pessoas envolvidas no fato (vítimas ou que se feriram auxiliando no socorro) e ainda não haviam prestado depoimento. Com isso, a investigação quer saber quem esteve dentro do local e está confrontando esta listagem com o número de mortos, hospitalizados e vítimas que já depuseram. No entendimento dos delegados responsáveis, o fato de o levantamento estar quase concluído não vai fazer com que se altere o número de 1 mil frequentadores do local no dia 27 de janeiro. A lotação máxima era de 691.
- Para mim, esse número não diz nada. Meu cliente diz que não havia mais de 800 pessoas. Esse número (691) não é correto, é defasado. Os bombeiros deveriam ter feito um nodo PPCI, mas não fizeram - declarou o advogado de Kiko.

Depoimentos

Jader Marques disse que seu cliente só vai depor novamente à Polícia amanhã se ele obter na íntegra o inquérito, apesar de acreditar que o mesmo é meramente "ilustrativo":
- O debate mesmo vai se dar quando as testemunhas falarem diante de um juiz.
O delegado Sandro Meinerz quer confrontar novas informações com outros interrogatórios de Elissandro Spohr. Ele está detido na Penitenciária de Santa Maria. Também o depoimento do outro proprietário, de Mauro Hoffmann, está confirmado para hoje à tarde, bem como o de um dos integrantes da banda. Os dois também estão detidos.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Chefe de Polícia vem a Santa Maria acertar detalhes finais do inquérito policial

Na reta final da conclusão do inquérito policial que apura as responsabilidades sobre as mortes de 241 pessoas no incêndio da boate Kiss, o chefe de Polícia, delegado Ranolfo Vieira Júnior, deverá chegar em Santa Maria no meio desta semana.
Semanalmente, ele tem vindo para se reunir com os responsáveis pelo inquérito, os delegados Marcelo Arigony e Sandro Meinerz. Na semana passada, o avião que trazia Ranolfo não conseguiu pousar devido a um temporal. A conversa entre os delegados aconteceu por telefone.
— Devo estar chegando em Santa Maria na terça ou na quarta — comentou o chefe de Polícia.
Esta visita deverá ser diferente das anteriores. Ranoldo deverá tratar com os delegados dos detalhes finais do fechamento do inquérito policial, como os nomes de quem será indiciado. Outro assunto que deverá ser tratado é sobre o roteiro que será seguido pelo relatório final do inquérito, o documento que será remetido à Justiça com os indiciamentos.
Meinerz e Arigony já têm uma ideia da finalização da investigação. Só ainda não bateram o martelo porque dependem dos resultados do Instituto-Geral de Perícia (IGP). Há promessa de que os resultados das perícias deverão chegar em Santa Maria na quarta-feira, o mais tardar na sexta. Se o prazo não for cumprido, dificilmente o inquérito será fechado nesta semana. 

sexta-feira, 8 de março de 2013

Driele Lucas, vítima 241 da boate Kiss, será enterrada nesta sexta-feira

A 241ª vítima do incêndio boate Kiss, Driele Pedroso Lucas, 23 anos, será enterrada às 11h desta sexta-feira no Cemitério Ecumênico Municipal de Santa Maria. O corpo da jovem está sendo velado nas capelas mortuárias do Hospital de Caridade.
Driele teve a morte confirmada pelo Ministério da Saúde no final da manhã de quinta-feira. O corpo da jovem chegou em Santa Maria por volta das 23h30min de ontem. Natural de Santa Maria, Driele estava internada desde o dia da tragédia no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre. Ela trabalhava em uma padaria da cidade e era conhecida pela sua simpatia e carisma. A irmã de Driele, Ritchieli Lucas, segue internada na UTI do mesmo Hospital, em estado regular.

Mais de 300 pessoas ainda não prestaram depoimento sobre a tragédia na boate Kiss

Mais de 300 pessoas ainda não prestaram depoimentos à Polícia Civil sobre o incêndio na boate Kiss.
A investigação do caso da boate Kiss chegou a este número após analisar a lista de atendimentos médicos que hospitais de Santa Maria e região entregaram à polícia na quarta-feira. A equipe verificou se não havia repetição de nomes _ em casos como transferência de pacientes, pacientes que estava internados e receberam alta e excluiu o nome das vítimas que morreram.
Dos cerca de 600 nomes entregues, mais de 300 ainda não prestaram depoimentos. Na manhã desta sexta-feira, a Polícia Civil começou a intimar estas pessoas para depor. O delegado Sandro Meinerz acredita que podem surgir novidades para a investigação.
_ Sabemos que muitas vítimas não procuraram a polícia, mas contamos com a colaboração delas para apurar o fatos _ explica Meinerz. O inquérito da investigação deve ser entregue à Justiça na segunda-feira, por isso, da lista de nomes, nem todos serão chamados. A polícia também trabalha com a possibilidade de continuar colhendo estes depoimentos e anexá-los ao inquérito posteriormente.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Jatos de água dos bombeiros dificultaram a saída das pessoas da Kiss, diz o produtor da banda

Os jatos de água atirados pelos bombeiros dentro da boate Kiss dificultaram a fuga das pessoas. Este é o principal ponto do depoimento do produtor de palco da Banda Gurizada Fangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão, ao Inquérito Policial Militar (IPM), na última quarta-feira. A investigação foi aberta pela Brigada Militar (BM) com o objetivo de investigar o trabalho do Corpo de Bombeiros durante o incêndio da Kiss, que resultou na morte de 240 pessoas, a maioria jovens universitários.
Leão foi ouvido na Penitenciária Estatual de Santa Maria, onde cumpre prisão preventiva com outro integrante da banda, Marcelo de Jesus dos Santos, e os sócios das boate Elissandro Spohr, o Kiko, e o Mauro Hoffmann. O produtor da banda prestou depoimento acompanhado do seu advogado, Gilberto Carlos Weber.
No seu depoimento, Leão definiu o trabalho dos bombeiros como precário. Disse ter notado que houve falta de equipamentos e que ação dos bombeiros careceu de uma coordenação mais eficiente. No depoimento que prestou ao IPM, Kiko também descreveu ação dos bombeiros como precária.
O advogado de Leão espera pela conclusão do inquérito da Polícia Civil, que apura as reponsabilidades criminal do incêndio, para formular a tese de defensa do seu cliente.
_ Ainda não temos uma acusação contra ele. O argumento da prisão preventiva é que pela ordem pública e para não intervir na apuração policial _ disse Weber. Pelo que foi apurado até agora pela investigação da Polícia Civil, Leão teria sido a pessoa que comprou o artefato pirotécnico usado por um dos integrantes da banda que iniciou o incêndio. Se o inquérito policial fosse encerrado hoje é provável que fosse indiciado por dolo eventual, o que significa que não teve a intenção de comentar o crime. Mas ao fazer a comprar do artefato, assumiu o risco.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Polícia recebe lista de vítimas que deve confirmar superlotação na boate

A lista com as vítimas da boate Kiss que receberam atendimento médico, enviada pela Secretaria Estadual de Saúde, chegou no final da manhã desta quarta-feira à Polícia Civil de Santa Maria.
Segundo o delegado Sandro Meinerz, a lista contém cerca de 600 nomes. O trabalho da polícia agora é confrontar esses nomes com os dos mortos, com os feridos que estão nos hospitais e com as pessoas que já depuseram na polícia.
Depois de cruzar os dados, a soma final será o número aproximado de pessoas que estavam na festa do dia 27 de janeiro. Só depois de ter o número em mãos será possível confirmar a superlotação oficialmente. Mesmo assim, o delegado diz que pelo menos 800 pessoas estavam na boate (a capacidade era para 691) na noite do incêndio.
O inquérito que apura as responsabilidades no incêndio da boate já tem 6 mil páginas e deve ser concluído até terça-feira da próxima semana.
Um depoimento importante é aguardado para esta sexta-feira. A intimação para o prefeito de Santa Maria Cezar Schirmer foi entregue nesta manhã em seu gabinete.
Hoje, a Polícia Civil deve ouvir 39 vítimas em Santa Maria e outras 15 em outras cidades.
Já a Brigada Militar ouve hoje um dos sócios da boate, Mauro Hoffmann, e os músicos da banda Gurizada Fandangueira, que estão presos na Penitenciária Estadual de Santa Maria. Ontem, quem prestou depoimento foi outro sócio da boate, Elissandro Spohr, o Kiko.
Fonte: Clic RBS

terça-feira, 5 de março de 2013

Engenheira admite ter assinado plano de prevenção da boate Kiss sem ter feito vistoria

A engenheira mecânica Jozy Maria Gaspar Enderle, proprietária da empresa Marca Engenharia, afirmou, em depoimento à Polícia Civil, ter elaborado um Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI) para a boate Kiss. Jozy revelou ter confeccionado o projeto com base em uma planta baixa e disse jamais ter acompanhado a execução das obras indicadas no plano.
A engenheira também explicou que, após o incêndio, constatou que o prédio não correspondia à planta que recebeu quase quatro anos antes. Procurada por Zero Hora na semana passada, ela disse que tudo o que tinha de dizer estava em seu depoimento. Recusou-se a entrar em detalhes sobre a sua participação no PPCI.
Segundo o depoimento da engenheira, prestado no final do mês passado, em 2009 ela foi procurada pelo engenheiro Tiago Mutti, na época um dos proprietários da Kiss. O colega de profissão disse acompanhar uma obra na danceteria e pediu ajuda para a elaboração do PPCI. Jozy recebeu uma planta baixa da boate, com a data de 20 de abril de 2009, assinada por duas arquitetas.
A dona da Marca Engenharia então analisou a planta e chegou à conclusão de que a ocupação máxima do prédio era de 691 pessoas. Para contemplar todas as exigências legais, havia a necessidade de sete unidades de passagens - cada unidade corresponde ao espaço de 55 cm, que permite a passagem de 100 pessoas por minuto.
Jozy encontrou várias irregularidades na planta. Havia duas portas que levavam à rua e que juntas mediam 2 metros. Ela indicou quais seriam as mudanças necessárias. Dias depois, a engenheira recebeu uma nova planta, assinada pelas mesmas arquitetas, com novas aberturas, mas que ainda não formavam o total de unidades de passagens previstas na legislação. E ainda havia um estreitamento de ambiente. Essa planta tinha data de 12 de maio de 2009.
Passados mais alguns dias, Jozy recebeu uma terceira planta baixa, mais uma vez assinada pelas mesmas arquitetas, e novamente com a data de 20 de abril de 2009. Nesta terceira planta, o número e o tamanho das saídas foi ampliado. Foram criadas três saídas: duas de 1,10 metro e outra 1,65 metro. Com essas adequações, o projeto ficou em conformidade com a lei.
Com base neste projeto, Jozy encaminhou o cadastramento da Kiss no Sistema Integrado de Gerenciamento de Prevenção Contra Incêndio (SIG-PI) do Corpo de Bombeiros. De acordo com Jozy, apenas os dados foram inseridos no sistema e o projeto físico não ficou armazenado. Foi a própria engenheira quem fez a retirada do Certificado de Conformidade.
De acordo com o depoimento dela à polícia, ela não sabe como aconteceu a vistoria pelos Bombeiros na boate, mas afirmou não ter acontecido qualquer alteração no projeto, já quem foi ela quem, em um curto espaço de tempo, retirou o alvará de funcionamento da Kiss. No depoimento, Jozy admitiu que não se ofereceu para fazer a execução do projeto. Ela também garantiu nunca ter acompanhado fisicamente a obra. Depois que a boate incendiou, Jozy disse ter buscado mais informações sobre o prédio e constatou que ele estava diferente daquela planta analisada por ela. Jozy entregou à polícia cópias dos documentos que mantinha armazenada. Ela não mencionou se o projeto foi registrado no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-RS).
Fonte: Diário Gaúcho

Sócio da boate Kiss será ouvido pela Brigada Militar nesta terça-feira

Um dos sócios da boate Kiss, Elissandro Spohr, o Kiko, prestará esclarecimentos à Brigada Militar na tarde desta terça-feira. Ele falará aos coordenadores do Inquérito Policial Militar (IPM) aberto pela corporação para investigar possíveis irregularidades na fiscalização e na concessão de alvarás pelo Corpo de Bombeiros. O IPM investiga ainda se o procedimento adotado pelos bombeiros durante o resgate às vítimas da tragédia colocou em risco a vida de civis que ajudaram no salvamento.
Segundo Jader Marques, o advogado de Kiko, o depoimento ocorrerá na Penitenciária Estadual, no distrito de Santo Antão, às 14h.
Além de Kiko, o presidente do IPM, coronel Flávio da Silva Lopes, pretende ouvir os outros três presos por suspeita de envolvimento no incêndio da Kiss _ o outro sócio da boate, Mauro Hoffmann, e os integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão.
_ Ou hoje ou amanhã pretendemos ouvir todos eles (presos) _ disse o coronel.
O inquérito tem prazo até sábado, mas pode ser prorrogado por mais 20 dias. Estão sendo ouvidos os bombeiros que atuaram no resgate das vítimas e os profissionais da Seção de Prevenção a Incêndio responsáveis por fazer as vistorias no local. Os policiais encarregados pelo IPM também estão analisando documentos referentes à boate e aguardam os laudos das perícias do Instituto-Geral de Perícias (IGP).
_ Nosso objetivo é descobrir se existem indícios de crimes militares _ concluiu o coronel Lopes.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Ministério da Saúde cadastra vítimas da boate Kiss

Todas as pessoas que tiveram contato com os gases liberados pela fumaça tóxica no incêndio na boate Kiss devem se cadastrar, a partir de hoje, no site do Ministério da Saúde (veja como abaixo) para receber atendimento clínico e psicossocial gratuito. As ações para o acompanhamento clínico e psicossocial começam no próximo sábado, 9 de março, quando será realizado um mutirão de atendimento no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), maior hospital público de Santa Maria.
Após o cadastro, as pessoas receberão ligações com informações sobre datas e horários das consultas médicas. Os pacientes que ficaram internados já estão em uma lista de contatos, disponibilizada pelos hospitais, e terão prioridade na avaliação clínica.
Todos que procurarem o serviço realizarão exames para definição do procedimento clínico que deve ser adotado. Familiares e profissionais que atuaram no resgate também serão atendidos e terão apoio psicológico. As informações dos cadastros serão encaminhadas para a Secretaria Estadual de Saúde, em Porto Alegre, e as pessoas que não moram em Santa Maria serão orientadas a procurar unidades de saúde em suas cidades.
Como se cadastrar
- Pelo site do Ministério da Saúde
- Pela Ouvidoria do SUS _ Telefone 136

sexta-feira, 1 de março de 2013

Polícia irá analisar projetos e consultorias que deram suporte para retirada de alvarás da boate Kiss

Projetos e consultorias técnicas prestadas por engenheiros e arquitetos aos donos da Kiss também são alvo da investigação da Polícia Civil que busca entender como foram emitidos os alvarás que permitiram o funcionamento da boate. Instalada no centro de Santa Maria, a Kiss se incendiou na madrugada do dia 27 de janeiro, deixando 239 pessoas mortas — a maioria jovens.
— Foram estes documentos que inicialmente permitiram que a boate tivesse os alvarás de funcionamento. Além da questão técnica (mudanças nos projetos por conta e risco dos proprietários), nós vamos avaliar a tramitação deles nos órgãos públicos — explicou Marcelo Arigony, um dos delegados responsáveis pelo inquérito policial.
Foram quatro engenheiros e uma arquiteta que prestaram serviço para Santo Entretenimento Ltda., cujo o nome fantasia é Kiss. Eles produziram laudos que fizeram parte de processos para a retirada de alvarás (sanitário, ambiental e de localização) e outras licenças emitidas pela prefeitura.
A boate obteve o alvará de localização em abril de 2010, depois de funcionar meio ano de maneira irregular. Durante o período em que não estava com a papelada em dia, a danceteria foi multada seis vezes pela prefeitura, no valor de R$ 15 mil.
O trabalho dos profissionais de engenharia e arquitetura está registrado nas Anotações de Responsabilidade Técnica (ART), disponíveis no site do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS). Os números das ART são citados em um dossiê que foi feito pelo CREA-RS dias depois da tragédia.
O projeto acústico da boate é do engenheiro civil Miguel Angelo Teixeira, 64 anos, mestre em acústica arquitetônica. Ele, e os outros quatro profissionais, foram procurados por Zero Hora.
— Fui chamado para fazer o projeto acústico porque o som estava incomodando os vizinhos. Neste tipo de trabalho, não usamos espuma como isolamento. Mas outros materiais, como gesso. Além de fazer o projeto, eu acompanhei as obras que foram feitas dentro das especificações técnicas dadas por mim. Ou seja: não tinha espuma — conclui o engenheiro.

Técnicos não teriam sugerido a espuma

No inquérito policial há vários depoimentos que mostram que a colocação da espuma foi por conta é risco de um dos sócios, Elissandro Spohr, o Kiko, que está preso.
— Os trabalhos desses técnicos é fundamental para que se possa demonstrar o seguinte: os projetos foram aceitos pelos poder público ao conceder os alvarás. Em tese, estavam corretos. As mudanças foram feitas por conta e risco dos donos — diz o promotor de Justiça Maurício Trevisan.
A análise dos trabalhos dos cinco profissionais não só irá ajudar a esclarecer a parte criminal da tragédia, como também vai ajudar nas ações cíveis (pedidos de indenizações pelos familiares das vítimas), avalia Joel Oliveira Dutra, um dos outros promotores do caso.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Bombeiro admite à polícia que liberou alvará da boate Kiss sem plano contra incêndio

O bombeiro responsável pelo primeiro alvará da boate Kiss, em Santa Maria, admitiu ter emitido o documento com base em um certificado simplificado e sem responsável técnico. No depoimento prestado à Polícia Civil, ao qual Zero Hora teve acesso na quarta-feira, com exclusividade, o tenente-coronel da reserva Daniel da Silva Adriano deu uma versão diferente daquela que havia sustentado em entrevista concedida no início do mês.
Ao depor, na última quinta-feira, Adriano confirmou que a Kiss usou o Sistema Integrado de Gerenciamento de Prevenção a Incêndio (SIG-PI). Disseminado no Estado, o sistema foi criado com o objetivo de agilizar planos de prevenção para prédios pequenos e de menor risco de fogo, mas vem sendo visto com ressalvas por suspeitas de uso indiscriminado.
Adriano reconheceu que, "com a implementação desse sistema, deixaram de ser pedidas as plantas baixas dos estabelecimentos e, com isso, não era mais necessário o responsável técnico pela obra", assim como o "cálculo populacional", isto é, a capacidade das edificações. O oficial da reserva estimou aos policiais civis que "na versão antiga (antes do SIG-PI), se levava 40 dias para a análise de um projeto". Na nova versão, o prazo caiu bruscamente: "Não mais que 15 minutos".
Adriano destacou que o SIG-PI "foi instituído por determinação do Comando-Geral da Brigada Militar, para ser utilizado em toda a corporação" e deixou claro que quem "encaminhou o cadastramento junto ao SIG-PI" foi "o responsável pela boate".
Depois de fornecer os dados referentes ao imóvel, o sistema gerou um "Certificado de Conformidade", que forneceu automaticamente "a listagem de todos os equipamentos necessários". Havia a exigência, no caso da Kiss, "de três sistemas de proteção contra incêndio a serem vistoriados": os extintores, as luzes e as saídas de emergência. Dois bombeiros fizeram uma vistoria, que resultou na aprovação final.

Bombeiro chefiou defesa civil regional

Em entrevista a ZH, no dia 4 de fevereiro, a versão apresentada por Adriano foi distinta. Ao ser questionado sobre a liberação do alvará, ele garantiu que teria se embasado em um PPCI completo, feito por engenheiro ou arquiteto, e que o SIG-PI não eliminava a necessidade de um PPCI integral.
O tenente-coronel assinou o alvará em 2009, quando ainda era major e chefiava a Seção de Prevenção de Incêndio (SPI) do 4º Comando Regional de Bombeiros. Adriano chegou a assumir o comando do 4º CRB em algumas ocasiões e também foi chefe regional da Defesa Civil.

As contradições

SIG-PI X PPCI

A versão que Adriano apresentou à Polícia é diferente da fornecida à reportagem de ZH e do Diário de Santa Maria. Confira:
— À REPORTAGEM — "Claro que (o SIG-PI) não (elimina necessidade de um PPCI completo)". Mas o SIG-PI reúne todos os documentos. Tem a planta."
— À POLÍCIA — "Com a implementação desse sistema, deixaram de ser pedidas as plantas baixas dos estabelecimentos e com isso também não era mais necessário o responsável técnico pela obra."

RESPONSÁVEL TÉCNICO

— À REPORTAGEM — Disse que para um alvará ser concedido, "sempre tem de ter" a assinatura de um engenheiro ou arquiteto responsável, mas afirmou não lembrar do nome do técnico que teria assinado o plano da Kiss. Ao ser perguntado se teria assinado o alvará sem um responsável técnico, respondeu "claro que não".
— À POLÍCIA — "O responsável pela boate encaminhou o cadastramento junto ao SIG-PI (que não exige responsável técnico)... Os vistoriantes (bombeiros responsáveis pela vistoria) que lá estiveram em 2009 aprovaram o estabelecimento, por isso foi emitido o Alvará de Prevenção Contra Incêndios...".

SEGURANÇA E LOTAÇÃO

— À REPORTAGEM — O tenente-coronel disse que na época "tinha todos os itens mínimos de segurança, como extintores, sinalização..." mas "era aberta, simples, uma boate para 691 pessoas".
— À POLÍCIA — "O sistema (SIG-PI) não contempla um campo para essa observação (capacidade). Esse cálculo foi teito no local, com base na área medida."

Polícia vai ouvir promotor que exigiu obras para diminuir barulho na Kiss

O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado pelo Ministério Público com sócios da boate Kiss em 2011, visando a resolver problemas de poluição sonora, vai ser analisado no conjunto da investigação que tramita em Santa Maria.
Conforme o delegado regional de Santa Maria, Marcelo Arigony, a polícia vai buscar detalhes com o promotor que fez a negociação com a boate. Foi acertado no TAC que a casa noturna realizaria obras para reduzir o barulho que motivava queixas de vizinhos desde 2009.
— Se for constatada alguma falha no procedimento, vamos remeter ao MP para que faça uma apuração — explicou Arigony.
O criminalista Jader Marques, que defende Elissandro Spohr, o Kiko, um dos donos da Kiss, sustenta que o MP foi omisso durante a tramitação do expediente que resultou no TAC. Segundo Marques, o MP teria elementos para pedir a interdição da casa. Entre os itens destacados pelo advogado está o fato de que a boate estava com licença de operação ambiental vencida em 2011, situação que foi informada ao promotor à época pela prefeitura de Santa Maria. Para o advogado, isso justificaria a interdição. A licença vencera em março de 2011 e só foi renovada em abril de 2012.
Marques também alega que a partir de fotos feitas pelo próprio MP na boate, depois de concluídas as obras de isolamento acústico, o promotor poderia ter detectado problemas ou falhas de segurança que hoje são tidas como de responsabilidade de Spohr ,e ainda ter pedido novo plano de incêndio:
— Nos causa surpresa o fato de que a boate passou por averiguação do MP e estava liberada para estar aberta. O MP viu a porta, a barra de proteção, as barras de ferro usadas para orientar o público, enfim, tudo que agora está sendo cobrado do Kiko. O MP não viu o que tinha o dever legal de ver.
Além disso, o advogado aponta lentidão no procedimento. O inquérito civil instaurado para verificar o problema de barulho é de 2009. Apenas em 2011 foi firmado o TAC. Como as queixas de vizinhos da boates prosseguiram, em maio de 2012 o MP pediu que a batalhão de polícia ambiental fizesse medição de ruído. Até 18 de janeiro deste ano, não havia no expediente resposta sobre essa diligência.
— Um expediente de 2009 não pode ficar sem conclusão até janeiro de 2013, cerca de 10 dias antes do incêndio. Esse TAC foi abandonado — afirma Marques.
A chefe de gabinete do MP, Isabel Barrios Bidigaray, explicou que o órgão não tem poder para interditar casas noturnas.
— O MP não tem poder de polícia. Tem que entrar com ação na Justiça para fechar. E, no caso, o promotor estava tratando do problema do ruído. Quanto à licença vencida, a opção foi dar tempo para a casa renovar o documento. E a responsabilidade por pedir novo plano de incêndio, em caso de modificações do ambiente, é do empresário. Isso está expresso no alvará de incêndio.
Isabel também disse que hoje, depois de ter ocorrido a tragédia, fica fácil examinar as fotos da época pensando em falhas.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Faixas e corações em homenagem às vítimas da Kiss

Na madrugada fria dessa noite de quarta-feira, a tragédia na boate Kiss completou um mês. No horário do incêndio, por volta das 2h30 da manhã, cerca de 20 pessoas estavam em frente a boate e se reuniram para fazer uma oração para as vítimas. Grande parte das pessoas presentes era integrante do movimento Aqui Bate Um Coração.
Eles simbolizaram a data com a distribuição de 239 corações pela cidade. Os corações, confeccionados com tecido, foram colocados em diferentes bairros. Além disso, uma faixa com um grande coração com a foto de todas as vítimas também foi colocada em frente a boate. Nela estava escrito a seguinte frase:" 239 corações que nunca vão deixar de bater nas nossas memórias e em toda nossa vida. " O movimento Andradas Viva também homenageou as vítimas da boate na madrugada dessa quarta-feira. O grupo colocou 239 faixas brancas nas ruas Vale Machado, Rua dos Andradas e Rio Branco. O objetivo principal do movimento é prestar, de maneira simples e sensível, uma homenagem às vítimas.
Já integrantes do Andradas Viva confeccionaram 239 faixas brancas com escritos em azul que levam o nome do movimento. O material foi colocado em diversas vias do município, principalmente na Rua dos Andradas — onde fica a boate Kiss — e na Avenida Rio Branco.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Para dar ordem aos depoimentos de testemunhas da boate Kiss, em Santa Maria

Uma nova metodologia está sendo aplicada pela Polícia Civil para sistematizar os mais de 300 depoimentos já tomados de testemunhas da tragédia na boate Kiss. Considerada fundamental para a conclusão do inquérito, a estratégia é resultado da iniciativa de uma delegada que assumiu a missão de ouvir vítimas e suspeitos e garantir que nenhuma informação importante se perca em meio a pilhas e pilhas de papéis timbrados.
_ Decidi que tinha de ajudar de alguma maneira, então liguei para o delegado regional (Marcelo Arigony, que comanda as investigações) e disse: "Chefe, para onde eu vou?"_ relata Luiza Sousa, especializada em Ciências Criminais.
Enquanto os colegas se desdobravam para agilizar a identificação dos mortos, a delegada foi até a 1ª DP e começou a atuar nos bastidores, tomando os primeiros depoimentos. O principal desafio foi definir a técnica adequada para sistematizar as falas e domar o inquérito, que deve atingir a marca das 5 mil páginas. Para garantir que nada se perca, Luiza criou um método próprio.
A técnica inclui a divisão das testemunhas em quatro grupos, de acordo com o seu envolvimento na tragédia _ sobreviventes, bombeiros, fiscais da prefeitura e personagens-chave, que incluem os donos da boate e os músicos da banda. Para cada categoria de depoente, uma lista fixa de perguntas. O material está sendo tabulado, permitindo aos policiais saberem exatamente quantas pessoas viram o início do fogo, onde estavam e como foi a saída. A estratégia permite a criação de um banco de dados que servirá de base para a redação do relatório final do inquérito, onde serão apontadas as responsabilidades.
Mas qual a relevância de ouvir tantas pessoas que falam sobre o mesmo fato? Para a polícia, a repetição de relatos ajuda na reconstituição detalhada. O rol de testemunhos tem ainda uma outra função: dar respaldo às conclusões dos delegados.
_ Esse organograma é imprescindível _ avalia o delegado Sandro Meinerz.
 
Fiscal irmão de sócio da Hidramix será ouvido nesta segunda

Entre as cerca de 200 pessoas que ainda devem ser ouvidas pela polícia nesta semana, antes que o inquérito, ou parte dele, seja remetido ao Ministério Público (MP), estão a secretária de Finanças, Ana Beatriz Barros, o fiscal Silvio Silveira Souza e o prefeito Cezar Schirmer.
As datas dos depoimentos de Ana e Schirmer não foram confirmadas, mas Souza deve ser ouvido nesta segunda-feira, às 14h. Ele deve falar sobre fiscalizações feitas na boate, além de sua relação com a Hidramix, empresa do ramo de prevenção de incêndio contratada pela Kiss em 2012, da qual seu irmão, o sargento do Corpo de Bombeiros Roberto Flavio da Silveira e Souza, é sócio. A Hidramix é investigada pelo MP desde 2011 e agora pela Polícia Civil, que quer saber se pode ter havido algum tipo de facilitação ou tráfico de influência já que a empresa de um bombeiro fez obras na boate, que deveria ser fiscalizada pelos próprios bombeiros.

Uma alta durante o fim de semana em Santa Maria

O paciente que estava internado no Hospital de Caridade Maike Adriel dos Santos recebeu alta no Sábado. Até a noite deste domingo, o número de hospitalizados permanece em 24 no Estado.
Confira a lista dos pacientes que seguem internados:

Santa Maria

Hospital de Caridade (5)


- Graciela Geraldo
- Joel Berwanger
- Marcia Severo Brum
- Matheus Fettermann da Silva

Porto Alegre

Hospital de Clínicas (8)


- Mariana Wallau Vielmo
- Cristina Peiter
- Marcos Belinazzo Tomazeti
- Kelen Geovana Leite Ferreira
- Renata Pase Ravanello
- Artur Rodrigues Martins
- Gabriele Stringari
- Kátia Giane Pacheco Siqueira

Santa Casa de Misericórdia (2)

- Brian Zeppenfeld
- Doralina Machado Peres

Hospital Mãe de Deus (3)

- Driele Pedroso Lucas
- Ritchieli Pedroso Lucas
- Juciane Bonella

Hospital Cristo Redentor (3)

- Pedro Falcão Pinheiro
- Juliano Almeida da Silva
- Jéssica Duarte da Rosa

Hospital de Pronto-Socorro (3)

- Guilherme Patatt
- Tatiane Lais Pires Andreolla
- Delvani Brondani Rosso

Hospital Conceição (1) 
- Raffaela Boeira da Silva 

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Os direitos das vítimas da Kiss

Absolutamente nada paga o sofrimento das pessoas que foram afetadas pela tragédia da Kiss. As manifestações são em busca de justiça e por mudanças profundas na legislação e na fiscalização de casas noturnas em todo o país. Esses objetivos têm mobilizado familiares de vítimas e sobreviventes que, neste sábado, devem oficializar a criação de uma associação que também vai lutar pelo cumprimento de uma série de direitos. De acordo com a Defensoria Pública, os envolvidos têm direito a indenizações. a ressarcimentos por gastos médicos e funerais e a pensão de filhos ou parentes que dependiam financeiramente das vítimas.
Uma cartilha está sendo elaborada pela Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos em conjunto com a Defensoria Pública para esclarecer aspectos legais e como procurar ajuda nos órgãos públicos. Ela deve ser entregue à associação nos próximos dias.
_ A ideia é orientar os familiares e sobreviventes sobre os direitos em relação à saúde, previdência, assistência psicossocial e educação _ afirma o secretário Fabiano Pereira.
O defensor público André Augusto Magalhães Silva, que acompanha e auxilia as famílias que tiveram algum parente morto no incêndio, antecipa alguns direitos (confirma mais detalhes abaixo).
_ A ação coletiva visa abreviar uma parte do processo. Ao invés de o juiz conhecer caso a caso, ele julga, em um todos. Após, vem a parte da execução da decisão, que, então, deve ser analisada individualmente_ afirma André Augusto.
A associação de familiares e sobreviventes da tragédia na boate Kiss será fundada neste sábado, afirma o pai de uma das vítimas e atual representante da associação, Adherbal Alves Ferreira. Conforme ele, às 9h, todos estarão reunidos para a leitura do estatuto e criação da diretoria, no Colégio Santa Maria. Após os atos, a entidade passará a existir oficialmente.
Com o provável nome "Associação dos Pais das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria", o grupo de pais irá acompanhar a palestra de um defensor público e um advogado. Ambos prestarão assistência jurídica. Associação tem sede na UFSM
A associação, que já tem sede própria na Antiga Reitoria da UFSM, por meio da incubadora social, deve receber mais pessoas do que no primeiro encontro, já que os sobreviventes do incêndio serão incluídos na entidade. Quase 200 famílias participaram da primeira reunião.
Fonte: Zero Hora

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Promotores que investigam incêndio na boate Kiss podem ir à Argentina

Depois de conhecer o caso americano de Rhode Island, os promotores que atuam na investigação da tragédia na boate Kiss, em Santa Maria, pensam em ir a Buenos Aires para ver de perto como foi conduzida a apuração do ocorrido na boate argentina República Cromañón, em 2004.
Além da investigação na área criminal, a expectativa é saber se, por aqui, algum agente público será responsabilizado na esfera cível e se haverá mudança na legislação sobre prevenção a incêndio.
Em Rhode Island, nos Estados Unidos, três pessoas foram responsabilizadas pelo incêndio ocorrido na boate The Station, em 2003, onde cem pessoas morreram. Na Argentina, foram 14 presos, entre eles, funcionários públicos e dois bombeiros, e o prefeito acabou destituído do cargo.
Mesmo com inquérito policial entrando na reta final, a Polícia Civil não divulga o número de pessoas que serão indiciadas no caso Kiss. E nem, se, entre elas, haverá alguém da prefeitura ou dos bombeiros. O Ministério Público já investiga as responsabilidades na área cível.
— Quando acontece uma tragédia dessas, vemos que muita coisa falhou, e são essas mudanças que temos que promover — disse o promotor criminal Joel Dutra.
Na quinta-feira, o ex procurador-geral de Rhode Island, Patrick Lynch, afirmou que aumentaram as exigências de equipamentos de segurança na cidade e no Estado americano, depois do incêndio. A fiscalização também foi intensificada, devido à pressão da comunidade.
Quando perguntado se ficou satisfeito com a pena conseguida nos EUA, Lynch afirmou:
— Nunca haverá satisfação no sentido do processo criminal. A Justiça é relativa e não vai conseguir diminuir a dor das pessoas que perderam entes queridos. A partir de certo patamar (cargos), as pessoas têm imunidade diferente das daqui.
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